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Vacinação: doenças infecciosas podem ser transmitidas através de agulhas contaminadas | Incomave
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Autor: Joice Maliuk
Biomédica e Mestre em Microbiologia Agrícola e Ambiental

 

Os procedimentos para a vacinação de bovinos requerem a utilização de equipamentos de qualidade e em bom estado de conservação, pois podem transmitir doenças de um animal para o outro. As agulhas podem ser um veículo de transmissão de doenças virais e parasitárias quando os equipamentos não estão disponíveis em quantidade adequada e em boas condições de uso.

Algumas recomendações relacionadas ao uso de agulhas são:

  • Esterilizar em água fervente, por 15 minutos;
  •  Acondicionar em caixas limpas de plástico ou aço inoxidável (um fogareiro e um recipiente de metal com água limpa são os itens necessários);
  • Trocar de agulha a cada dez animais, substituindo por outra já esterilizada e pronta para o uso;
  • Descartar agulhas em recipiente apropriado em local identificado como contaminado ou ser esterilizada rapidamente;
  • Descartar agulhas com deformações (tortas), enferrujadas, ou com perda de corte;
  • Separar uma agulha exclusivamente para a retirada da vacina do frasco, para evitar a contaminação de todo conteúdo do frasco;
  • Descartar agulhas quando atingirem o prazo de validade estipulado pelo fabricante.

As recomendações descritas acima visam, entre outras coisas, evitar a disseminação de uma possível doença infecciosa para todo o rebanho tratado. Doenças virais (papilomatose, leucose, rinotraqueíte infecciosa), bacterianas (clostridioses) e até mesmo parasitárias (tristeza parasitária bovina) podem ser veiculadas de um animal para outro através da agulha contaminada. Portanto, possuir vários jogos de agulhas pode ser um fator muito importante no manejo sanitário do rebanho.

Papilomatose

A papilomatose cutânea bovina é uma enfermidade infecto-contagiosa, de origem viral, crônica, de natureza tumoral benigna e fibroepitelial, caracterizando-se por levar ao desenvolvimento de tumores localizados na pele e mucosa. É uma doença de caráter cosmopolita e também é vulgarmente conhecida como verruga ou figueira. Além da aparência desagradável, o problema pode causar prejuízos incalculáveis aos diferentes criatórios, principalmente, no que diz respeito à diminuição da produtividade. Há ainda a desvalorização do couro do animal, desenvolvimento retardado, cegueira, depreciação do valor do bovino em função da dificuldade em comercializá-lo.

Leucose

A infecção pelo vírus da Leucose bovina (LEB) é difundida no mundo todo, principalmente no rebanho bovino leiteiro. Caracteriza-se pela formação de tumores em diversos órgãos (linfossarcoma e linfomas malignos). O vírus está presente no sangue e é transmitido quando houver transferência de células sanguíneas entre os animais. A infecção pode ser diagnosticada por testes sorológicos, e a positividade pode implicar na restrição ao comércio e eventos agropecuários, financiamento e em utilização em programas de reprodução.

Rinotraqueíte Infecciosa Bovina

A Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), é uma doença viral altamente contagiosa. que podem causar febre, mucosas avermelhadas, diminuição na produção de leite, ocorre uma secreção purulenta, às vezes com estrias de sangue pela narina do animal, infertilidade  e abortamento.

Clostridioses

O termo clostridiose é utilizado com frequência por veterinários e produtores rurais para designar genericamente algumas enfermidades causadas por microrganismos do gênero Clostridium. As clostridioses são capazes de acometer bovinos de forma repentina e matá-los, muitas vezes, sem causa aparente. É uma das principais causas de mortalidade no rebanho brasileiro.

Tristeza Parasitária Bovina

A tristeza parasitária bovina é uma doença causada pela riquétsia Anaplasma spp. e pelo protozoário Babesia spp. e que causam sérios prejuízos ao pecuarista brasileiro. Os sinais clínicos são apatia, febre e anemia. Apesar de ser possível determinar qual o parasita que está infestando o animal, na rotina de uma fazenda não há necessidade desse diagnóstico. Animais mais susceptíveis (bezerros, animais recém-chegados, de raças europeias ou com maior carga parasitária de carrapatos) e com os sinais clínicos devem ser tratados para ambos os parasitas.

Referências Bibliográficas

BAYER. Tristeza Parasitária Bovina. Disponível em: https://www.saudeanimal.bayer.com.br/pt/bovinos/doencas/visualizar.php?codDoenca=tristeza-parasitaria-bovina-babesiose-e-anaplasmose.

BORTOT, D. C.; BARIANI, M. H.; ZAPPA , V. Rinotraqueíte infecciosa bovina. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. 2009.

COSTA, M. J. R. P.; BATTAGLIA, D. Boas práticas de manejo: vacinação de bovinos leiteiros. Funep, 2014.

GASPAR, E. B.MINHO, A. P.; SANTOS, L.R. Manual de boas práticas de vacinação e imunização de bovinos. Embrapa. 2015.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA (UFSM). Leucose Bovina. Setor de Virologia.

WikiHow. Raise Cattle Step 4. Como criar gado: 10 passos. Acessado em: 21 de agosto de 2017. Disponível em:http://pt.m.wikihow.com/Criar-Gado.