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Quais são as mudanças na vacina da febre aftosa? | Incomave
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Autor: Joice Maliuk
Biomédica e Mestre em Microbiologia Agrícola e Ambiental

Fabricantes da vacina contra febre aftosa aceitaram o pedido de modificações do produto que deve colaborar para redução das reações adversas causadas pela vacina. Apesar do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) garantir que a reação à vacina nos animais não oferece risco à saúde pública, a formação de abscessos e outras reações tem causado prejuízos aos pecuaristas e até a suspensão da exportação da carne brasileira. Diante deste contexto, a previsão é que na campanha de novembro de 2018 já sejam utilizadas as vacinas com a composição alterada.

Veja algumas das modificações aprovadas:

Dosagem

As doses serão reduzidas de 5ml para 2,5ml o que facilitará a logística de transporte das vacinas e a melhora na capacidade de armazenamento do produto da temperatura indicada de 2°C a 8°C. A medida reduziria os custos de produção e ajudaria a mitigar um problema com o qual o produtor tem se deparado cada vez mais nos últimos anos: a reação local.

Substâncias Alteradas

De acordo com Ministério da Agricultura, a saponina deve ser retirada da formulação da vacina. Esta substância é relacionada à exacerbada irritação no local da aplicação, que se agrava até casos de edema e severa reação inflamatória, com consequente formação dos chamados abscessos no rebanho bovino – os “caroços” que foram responsáveis pelo fechamento do mercado dos Estados Unidos à importação de carne de gado in natura, em razão da existência de abcessos, além de pedaços de osso encontrados na parte dianteira dos animais.

Outra alteração na formulação da vacina será a retirada do Sorotipo C, já erradicado do Brasil. Dessa forma, a vacina passará a ser bivalente (vírus O I e A24). Um Estudo do Centro Americano de Febre Aftosa, que concluiu a inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na América do Sul o que foi determinante para recomendação de suspender a vacinação com esse sorotipo na região.

Quais as vantagens dessas alterações?

A formação de abscessos na carne bovina gera prejuízo econômico aos frigoríficos, pois as regiões onde se encontram estes “caroços” devem ser retiradas e desprezadas por serem consideradas impróprias para o consumo.

“Algumas estimativas indicam que o produtor perde, em média, 2 quilos de carne por animal abatido, quando as lesões provocadas pela vacinação são encontradas.”

Um fator importante seria a retomada das exportações da carne brasileira para o mercado Norte-americano e a recuperação da imagem do produto brasileiro no mercado externo, pois uma interrupção de fornecimento pela “falta de qualidade” do produto não atinge somente os produtores de bovinos, como toda a cadeia de produção de proteína no Brasil( aves, ovinos, suínos, etc).

As mudanças da vacina de forma rápida demonstram a preocupação do país em cumprir as exigências e critérios dos outros países melhorando a relação com os clientes externos. Além das vantagens comerciais, a mudança do volume a ser administrado contribui para a melhor preservação da vacina na temperatura recomendada e aumenta a praticidade no momento da aplicação.

A INCOMAVE é uma empresa especialista no desenvolvimento e fabricação de equipamentos de alto desempenho e qualidade que ajudam o pecuarista no momento da vacinação.Entre em contato através dos telefones (51) 34318090 / (51) 34248090 ou pelo e-mail vendas@incomave.com.br e fale com nossos consultores.

Referências:

ASSIS, D. R. Perdas diretas ocasionadas por abscessos e hematomas em carcaças de bovinos. Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias. 2011.

COSTA, M. J. R. P.; BATTAGLIA, D. Boas práticas de manejo: vacinação de bovinos leiteiros. Funep, 2014.

GASPAR, E. B.MINHO, A. P.; SANTOS, L.R. Manual de boas práticas de vacinação e imunização de bovinos. Embrapa. 2015.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Maggi confirma retirada da saponina da vacina contra aftosa. Agosto, 2018.