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Boas Práticas de Vacinação: equipamentos | Incomave
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Autor: Joice Maliuk
Biomédica e Mestre em Microbiologia Agrícola e Ambiental

Ao vacinar os animais de acordo com o cronograma de vacinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) espera-se que as vacinas apresentem eficácia, conferindo resposta imune prolongada, entretanto, somente o cumprimento do calendário de vacinação não é garantia de imunização dos animais. A aplicação de boas práticas de vacinação, indicadas por veterinários e zootecnistas, são essenciais para atingir resultados satisfatórios na imunização de animais.

Dentre as boas práticas recomendadas por especialistas do ramo podemos citar: utilização de equipamentos de qualidade e em número adequado para a quantidade de animais vacinados. O uso de equipamentos danificados ou impróprios para tal atividade, agulhas tortas e enferrujadas e a indisponibilidade de caixas térmicas para conservação dos equipamentos compromete a imunização dos animais, pode transmitir doenças infecciosas e danificar a carcaça do animal pela formação de abscessos.

Entre os principais equipamentos que não podem faltar durante o período vacinal estão: tronco de contenção, pistolas de vacinação, seringas, agulhas e caixas térmicas. Entenda a indicação e cuidados de cada equipamento:

Tronco de Contenção

Também conhecido popularmente como brete é um equipamento especialmente projetado e construído para contenção ou imobilização completa dos bovinos, de maneira que seja possível realizar procedimentos com segurança tanto para o operador como para o próprio animal. Além da vacinação, este equipamento é utilizado na castração, inseminação artificial, marcação, entre outros.

Cuidados: Teste os comandos do tronco de contenção certificando-se de que todos os portões e estruturas estão funcionando adequadamente. Mantenha o tronco de contenção limpo, higienizando ao final de cada trabalho. Trabalhar com este equipamento sujo ou com estruturas defeituosas é geralmente ineficiente, cansativo e arriscado.

Seringas

Utilizar equipamentos específicos e de qualidade torna o processo de vacinação seguro, eficaz e menos desgastante. As seringas podem ser simples em que o operador deve controlar a quantidade correta de produto injetado em cada animal ou podem ser seringas mais sofisticadas com dosador que regula a dosagem liberada de 1mL em 1mL, normalmente. Dependendo do material, as seringas podem ser reutilizadas diversas vezes desde que seja realizada a desinfecção adequada.

Cuidados: certifique-se de que o número de seringas é adequado e de que elas estão em boas condições de uso. Sempre que necessário, faça a manutenção ou reposição das seringas. É recomendado ter sempre duas seringas para cada tipo de vacina a ser administrada. Quando realizar o trabalho com duas seringas, uma delas deve estar dentro da caixa térmica.

Pistolas

Outra alternativa muito segura é o uso de pistolas automáticas (seringas dosadoras) que são equipamentos de grande eficiência, pois armazenam várias doses da vacina e aumentam a velocidade do processo vacinal, isto é, o pecuarista imuniza um maior número de animais em um curto período,  economizando tempo e mão de obra. Além da eficiência no manejo, estes equipamentos proporcionam mais precisão e segurança na aplicação de produtos veterinários.

Cuidados: Assim como as seringas, as pistolas devem ser desmontadas e desinfetadas antes e após os procedimentos. Prefira produtos comercializados em caixas plásticas, caso tenha a  intenção de armazená-los nas caixas.  A higienização deste tipo de material pode ser realizada de forma adequada, evitando proliferação de fungos e bactérias. Alguns equipamentos são comercializados em caixas de madeira, entretanto, não é recomendado que os equipamentos sejam mantidos neste tipo de embalagem após o uso, pois é muito difícil de realizar a desinfecção deste tipo de matéria-prima devido a sua porosidade, sendo mais favorável à contaminação e proliferação de microrganismos.

Agulhas

A escolha das agulhas é um ponto crítico do processo de vacinação. É importante utilizar agulhas apropriadas para a categoria animal, para a via de administração (subcutânea ou intramuscular) e para a viscosidade da vacina. As injeções intramusculares, como são mais profundas, necessitam de agulhas mais longas. Também, quanto maior a viscosidade da vacina maior a espessura (calibre) da agulha. É importante ressaltar que, um calibre muito grosso (acima do indicado para aquele produto) pode provocar refluxo de vacina e reduzir a quantidade aplicada. O ideal é que esses equipamentos sejam fervidos antes da aplicação e que as agulhas não sejam reutilizadas em mais que 10 animais, ou conforme a instruções da bula.

Cuidados: Não utilize agulhas tortas, com fio gasto (ponta romba), nem as que estiverem sujas ou enferrujadas. Agulhas nestas condições devem ser jogadas fora. Mesmo que elas não aparentem estar estragadas, devem ser substituídas conforme indicação do fabricante. Este tipo de equipamento necessita de uma higienização adequada antes e após o seu uso para evitar contaminação do rebanho com doenças infecciosas.

Caixas Térmicas

O uso de caixas térmicas durante o processo vacinal é fundamental para a qualidade da imunização, pois os frascos de vacinas e seringas (cheias e vazias) devem ser mantidos entre entre 2 e 8 ºC para garantir a eficácia dos produtos.

Cuidados: Evite o acúmulo de água dentro das caixas térmicas, o que pode ser obtido com o uso de gelo reciclável ou congelando a água dentro de garrafas plásticas tampadas. Mantenha as caixas térmicas sempre sob a sombra, mantendo as tampas sempre bem fechadas e abrindo-as apenas quando necessário. Fazendo isto você reduz o risco de deterioração e de contaminação da vacina. Uma alternativa para manter a seringa resfriada é colocá-la em um orifício na tampa da caixa térmica (que não deve ser a mesma utilizada para o armazenamento da vacina), de modo que apenas o cabo fique para o lado de fora; com isto se mantém a vacina em baixa temperatura, sem o contato com o gelo; como mostrado nas fotos abaixo.

A INCOMAVE é uma empresa especializada na fabricação de aparelhos veterinários de alto desempenho para apoiar o pecuarista na imunização do seu rebanho. Fabricamos pistolas, seringas e agulhas de alta qualidade e resistência para garantir maior eficiência e segurança aos nossos clientes durante a vacinação dos animais. Entre em contato através dos telefones (51) 34318090 / (51) 34248090 ou pelo e-mail vendas@incomave.com.br e fale com nossos consultores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, M. J. R. P.; BATTAGLIA, D. Boas práticas de manejo: vacinação de bovinos leiteiros. Funep, 2014.

GASPAR, E. B.; MINHO, A. P.; SANTOS, L.R. Manual de boas práticas de vacinação e imunização de bovinos. Embrapa. 2015.

MOREIRA, L.R.C. Bancadas Hospitalares: superfícies e porosidades como fontes potenciais de infecção. Dissertação de Mestrado pela Universidade do Vale do Paraíba. São José dos Campos: Univap, 2002.