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Abscessos da vacinação: como evitar? | Incomave
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Autor: Joice Maliuk
Biomédica e Mestre em Microbiologia Agrícola e Ambiental

A adoção de boas práticas é fundamental para o sucesso das atividades na pecuária. No caso dos bovinos, as boas práticas de vacinação tem como principal finalidade garantir a eficácia do processo de imunização dos animais prevenindo a ocorrência e a disseminação de doenças. Para que o animal possa desenvolver uma resposta imune satisfatória é necessário combinar o uso de produtos confiáveis e os cuidados na aplicação, com boas condições de saúde.

A maioria dos problemas relacionados com práticas de vacinação inadequadas acontecem durante a aplicação podendo ocasionar lesões no local da aplicação que geralmente ocorrem pela formação de abscessos. Dentre as razões mais comuns na formação de lesões estão a má refrigeração, falta de higiene e erros de aplicação.

Tais lesões podem levar a uma redução do rendimento da carcaça devido a necessidade de retirada das partes impróprias para o consumo. De acordo com a legislação brasileira, todas as partes da carcaça que apresentarem abscessos devem ser condenadas e se houver pus em qualquer parte do animal, tais peças devem ser descartadas (BRASIL,1952).

Sendo assim, podemos citar algumas boas práticas para garantir uma imunização segura, sem danos a carcaça do rebanho:

Equipamentos

O uso de equipamentos adequados na prática vacinal estão entre as principais boas práticas recomendadas entre os veterinários. Os materiais utilizados, como seringas e agulhas, devem ser descartáveis. Outra alternativa muito segura é o uso de pistolas (seringas dosadoras), porém estas devem ser desinfetadas antes do uso nos animais. As pistolas são equipamentos de grande eficiência, pois armazenam várias doses da vacina, economizando tempo e mão de obra.

Compra e Armazenamento

Ao adquirir as vacinas, o pecuarista deve ficar atento a procedência, data de validade, ás recomendações de uso e armazenamento do produto. A temperatura de conservação deve ser mantida entre 2°C e 8°C, no transporte e no dia do manejo o material deve ser mantido em caixas térmicas vedadas com três partes de gelo para cada parte da vacina.

A conservação das vacinas é essencial para a efetividade da imunização dos animais. A faixa de temperatura recomendada deve ser mantida, nem permitindo o aquecimento, nem o congelamento do produto. Caso a vacina congele, a mesma deve ser descartada, o que pode ocorrer caso a geladeira esteja desregulada e não tenha um monitoramento da temperatura.

É bom lembrar que a seringa – ou pistola – e o frasco em uso devem ser mantidos dentro da caixa térmica enquanto a vacina não estiver sendo aplicada.

Higiene

Manter o local e os equipamentos higienizados é de suma importância para um bom resultado no processo. É recomendado a fervura das agulhas e pistolas por aproximadamente 15 minutos para desinfecção dos materiais que serão utilizados. Além disso, orienta-se a troca das agulhas a cada dez animais ou a cada recarga da pistola. A introdução de agulhas já utilizadas no frasco facilita a contaminação do produto e pode causar abscessos nos animais.

Local de aplicação

A vacina deve ser aplicada no local recomendado pelo fabricante, geralmente, na tábua do pescoço. Esta região é indicada para evitar danos a carcaça, tais como hematomas e abscessos, em regiões de carnes nobres.

Todas as recomendações descritas acima, quando cumpridas, são de extrema importância tanto para efetividade da imunização do rebanho quanto para a minimização dos efeitos colaterais na carcaça (hematomas e abcessos). Os procedimentos para a vacinação dos bovinos requerem atenção, organização e cuidado, devendo ser realizados por pessoas treinadas, usando instalações, equipamentos e produtos de boa qualidade.

A Incomave é uma empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de equipamentos de alto desempenho e qualidade que ajudam o pecuarista no momento da vacinação. Entre em contato através dos telefones (51)34318090 / 34248090 ou pelo e-mail vendas@incomave.com.br e fale com nossos consultores.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária –
DAS. Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA. Divisão de Normas Técnicas – DNT. Decreto Lei nº 30.691, de 29 de março de 1952, alterado pelos Decretos nº 1.255, de 25 de junho de 1962, nº 1.236, de 2 de setembro de 1994, nº 1.812, de 18 de fevereiro de 1996, e nº 2.244 de 4 de junho de 1997. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Brasília, DF, 1997. 241 p.

GASPAR, E. B.; MINHO, A. P.; SANTOS, L.R. Manual de boas práticas de vacinação e imunização de bovinos. Embrapa. 2015.

SULEIMAN, K. Boas práticas são essenciais para bons resultados na vacinação de bovinos. EMBRAPA. 2017.